Em seu livro mais recente traduzido para o português - “Sobre o sentido da vida” (p. 38), Viktor Frankl fala de um homem negro condenado à prisão perpétua. Ele foi deportado no navio Leviatã para a Ilha do diabo na Guiana Francesa. Em alto mar, houve um incêndio no navio de modo que aquele preso ficou livre de seus grilhões e participou das operações de resgate. Ele mesmo conseguiu salvar a vida de 10 pessoas. Por esse feito, mais tarde ele foi indultado.
Falando sobre a importância do sentido da vida, Frankl supõe: Se alguém tivesse perguntado para aquele homem ao embarcar no porto de Marseille, se ele imaginava que a sua vida ainda tinha algum sentido depois daquilo que lhe esperava – a prisão perpétua, ele provavelmente diria que não tinha qualquer perspectiva. Mas, ninguém sabia, nem mesmo ele, que ainda lhe aguardava o salvamento de 10 pessoas naquele navio.
Na verdade, nunca sabemos o que nos espera no momento seguinte. As questões da vida podem mudar a cada hora e até mesmo a cada momento. Precisamos responder ao sentido do momento que a vida nos apresenta. É comum pessoas quererem criar um sentido para a vida, mas, pelo contrário, é a vida que espera de nós. A questão não é: O que devo esperar da vida?, mas, sim: O que a vida espera de mim?
Se você perguntar para um campeão de xadrez: Qual é a melhor jogada? Ele dirá que a melhor jogada só pode ser conhecida dentro do jogo. Assim é o sentido da vida, assim é o que a vida espera de nós – a “exigência do momento”.